cover.jpg

portadilla.jpg

 

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2007 Heidi Betts

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Chantagem no quarto, n.º 796 - Abril 2016

Título original: Blackmailed into Bed

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2008

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-8361-1

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Epílogo

Se gostou deste livro…

Capítulo Um

 

Elena Sánchez olhou em volta com atenção, enquanto andava de um lado para outro fazendo os tacões dos seus saltos altos ressoarem pelo corredor. Não havia ninguém ao balcão da recepção, até porque era hora de almoço. Ela tinha aproveitado aquela hora, precisamente, para sair do escritório e ir ali. Enquanto caminhava, ia lendo os dísticos das portas em busca do homem que queria encontrar, embora não tivesse vontade nenhuma disso. Se o seu pai não estivesse tão desesperado, teria passado o resto da vida sem ter que rever Chase Ramsey.

Ao ver o nome impresso em letras pretas sobre um fundo dourado no fundo do corredor, sentiu o estômago às voltas e apeteceu-lhe sair dali a correr. Mas tinha decidido fazer aquilo e ia fazê-lo.

Bateu à porta e secou o suor das mãos na sua saia vermelha de linho, para que ele não percebesse como estava nervosa quando apertassem as mãos.

– Entre.

Agarrando a maçaneta, abriu a porta de madeira escura e entrou.

O escritório era enorme, com três grandes janelas com vista para a cidade. Um tapete oriental e duas poltronas de pele ocupavam o espaço do outro lado da secretária de cerejeira.

Atrás desta, estava sentado Chase Ramsey. Escrevia umas notas enquanto falava acaloradamente ao telefone. Não se incomodou em levantar os olhos, embora ela tivesse a certeza que ele a tinha ouvido entrar.

Sem querer sentar-se sem ele a convidar a fazê-lo, Elena ficou onde estava, junto à porta, a brincar com o fecho da sua mala.

Estava tão bonito quanto se lembrava dele, embora com um ar mais maduro. Não tinha voltado a vê-lo desde que eram adolescentes.

O seu cabelo era preto e curto, com alguns caracóis a caírem-lhe pela testa. E, pelo que podia ver, o impecável fato cinzento que vestia assentava-lhe na perfeição. Era largo de ombros e peito e as suas mãos bronzeadas pareciam ser suficientemente fortes para construírem sozinhas um edifício. Ou acariciarem as coxas de uma mulher.

Como lhe tinha vindo esse pensamento? Pôs a mala ao ombro e conteve a necessidade de abanar-se com a mão. Sentia um formigueiro pelo estômago e os joelhos começavam a tremer-lhe.

O facto de ele ter umas impressionantes mãos grandes não queria dizer nada, só a tinham distraído por um momento. Talvez fosse porque há algum tempo que não tinha uma companhia masculina e, há muito mais tempo, que não tinha as mãos de um homem a passear pelas suas coxas.

Ouviu um clique e pestanejou, olhando para o homem atrás da secretária. Enquanto ela fantasiava com uns longos e masculinos dedos a deslizarem sob a sua saia, Chase Ramsey terminara o telefonema e agora olhava-a com um brilho de impaciência nos seus olhos azuis.

– Em que lhe posso ser útil? – perguntou ele.

Respirando fundo e procurando conter os nervos, ela dirigiu-se para as duas poltronas que estavam à frente da secretária.

– Bem – disse ela, colocando uma madeixa atrás da orelha, antes de descansar a mão no braço de uma das poltronas, – chamo-me Elena Sánchez e queria falar da empresa Fornecimentos para Restaurantes Sánchez.

Nesse momento exacto, ela percebeu que ele a tinha reconhecido. Não apenas pelo nome da empresa do pai, que ele estava prestes a adquirir, mas pelo seu próprio nome e, possivelmente, pelos seus traços, se é que lembrava dela depois de tantos anos.

O seu olhar tornou-se escuro e frio e os seus lábios tornaram-se uma fina linha. Deixou cair a caneta sobre os papéis em que estava a trabalhar e recostou-se na poltrona enquanto se baloiçava com as mãos cruzadas.

Elena sentiu-se encolher. A julgar pela reacção dele, tinha uma memória tão impressionante quanto os seus atributos físicos.

O seu desprezo estava justificado. Duas décadas antes, tinha sido uma rapariguinha caprichosa e vaidosa que tratara mal muita gente, incluído Chase.

A sua juventude não servia de desculpa. Todas as pessoas cometiam erros em criança mas, mais tarde ou mais cedo, pagavam por eles ou emendavam-nos.

Agora, tinha que encontrar-se com Chase Ramsey outra vez e ajoelhar-se à sua frente, numa tentativa de ajudar o pai a salvar o negócio familiar. Este, pensou Elena, era o seu castigo por ter-se comportado de um modo tão cruel quando era adolescente. Embora não lhe fosse fácil, tinha que manter a compostura.

Um telefone tocou lá fora, no corredor, mas Chase não prestou atenção. Continuou a baloiçar-se na sua poltrona de cabedal, olhando-a como se pudesse adivinhar os seus pensamentos.

E talvez pudesse. Sentia-se exposta, como se estivesse nua à frente de Chase e não vestida com o seu fato mais profissional.

A saia vermelha de linho e o casaco a condizer, sobre uma blusa branca, faziam-na sempre sentir-se poderosa. Vestira aquela roupa de propósito, sabendo que iria enfrentar um leão na sua própria jaula.

Mas agora apercebia-se que aquela roupa não mudava nada. Poderia ter vestido uma armadura e estaria igualmente nervosa em frente de Chase Ramsey, esperando que ele, a qualquer momento, a pusesse fora do escritório sem sequer permitir-lhe explicar o motivo da visita.

No entanto, ele arqueou uma sobrancelha e chegou-se para a frente. Os seus lábios curvaram-se num sorriso zombador.

– Elena Sánchez – murmurou friamente, colocando-se lentamente de pé e rodeando a secretária. – Eis aí um nome que nunca pensei voltar a ouvir. E muito menos pensei ver-te alguma vez no meu escritório.

Parou à frente dela, a pouco mais de um metro. O ambiente era tenso e Elena sentiu dificuldade em respirar com ele tão perto.

Chase apoiou-se na ponta da mesa, cruzou os braços e dirigiu-lhe um olhar frio.

– Imagino que tenhas vindo suplicar-me que não compre o negócio do teu pai. Lamento, mas não transformei a Ramsey num império multimilionário deixando-me deslumbrar por um bom par de pernas e umas belas pestanas.

Ele percorreu o corpo dela com o olhar, passando pelos seios, a cintura e as ancas até às pernas.

– Por muito bonitas que sejam – acrescentou uns segundos mais tarde, antes de voltar a olhá-la nos olhos.

Agora, era ela quem arqueava as sobrancelhas. Deixou a mala numa das poltronas para convidados e adoptou uma postura mais defensiva.

– Não estou aqui para suplicar-te nada. Vim falar-te de um assunto de negócios que é importante para a minha família. E o facto de achares atraentes as minhas pestanas e pernas não é para aqui chamado. Somos ambos adultos. Deveríamos ser capazes de sentar-nos e manter uma conversa profissional sem que me dispas com o olhar como se não visses uma mulher há anos.

Chase conteve o riso. Havia quase vinte anos que não via nem falava com Elena Sánchez. E não lhe teria feito diferença se não voltasse a vê-la. Era uma dessas lembranças dolorosas da sua juventude que de vez em quando o assaltavam. Por sorte, não era muito frequente. Havia anos que não pensava em Elena. Nem sequer quando iniciara o processo de compra da empresa do pai dela. Para Chase, era apenas mais um negócio interessante, mais um daqueles negócios que o tinham transformado de filho de um modesto rancheiro em milionário e presidente da sua própria empresa aos trinta e cinco anos.

Levantou-se, ajeitou a gravata e voltou a rodear a secretária.

– Claro – disse ele, apontando para as poltronas. – Senta-te e falaremos sobre negócios como adultos.

Durante uns segundos, ela não se mexeu, como se achasse que o seu convite era algum tipo de armadilha. Depois, começou a relaxar-se e, dando um passo para a esquerda, sentou-se numa das poltronas.

Com as costas muito direitas e os joelhos juntos, cruzou as mãos sobre o colo e preparou-se para expor o que tinha vindo dizer.

Aquela imagem não era do agrado de Chase. Recordava-lhe a rapariga que era aos catorze anos. A mesma que lhe partira o coração.

Afastando aquelas lembranças dolorosas, procurou os seus olhos, tentando mostrar-lhe que a via como a qualquer outro empresário.

– Está bem – disse ele, apoiando os cotovelos na mesa. – De que queres falar-me?

– Estás a tentar comprar a companhia do meu pai, da minha família, Fornecimentos para Restaurantes Sánchez.

– Vou comprar a empresa do teu pai – corrigiu-a.

– Vim pedir-te que reconsideres a tua decisão – disse ela, directa. – Ou pelo menos, pedir-te que dês ao meu pai mais algum tempo para juntar o dinheiro e os recursos necessários para salvar a sua empresa.

– Parece-te que tem possibilidades de fazê-lo? – perguntou Chase, sempre interessado em obter informações empresariais. – Refiro-me a conseguir financiamento.

– Sim.

Ela afastou o olhar, revelando que não estava tão segura quanto pretendia fazer-lhe crer.

– O meu pai acha que se tivesse o tempo suficiente, poderia reerguer a empresa e voltar a torná-la um sucesso outra vez. E vim aqui para pedir-te que lhe dês o tempo de que precisa para fazê-lo porque estou preocupada. Não sei que será dele se perde a empresa.

Os seus olhos verdes, enquadrados por umas espessas pestanas negras, cruzaram-se com os dele, rogando-lhe compreensão e compaixão.

Sentiu algo quente dentro de si, mas procurou controlar-se e apoiou o queixo no punho. No passado, já se tinha deixado seduzir por aqueles olhos, acabando por sofrer uma decepção. Desta vez, não se deixaria levar.

– A empresa é a sua vida – continuou Elena. – Ergueu-a do nada. É o pilar da nossa família. A morte da minha mãe perturbou-o e ele perdeu um pouco o controlo das coisas, mas agora está a tentar reerguer a companhia e a voltar a pô-la em ordem.

Era uma bonita história, pensada seguramente para chegar-lhe ao coração. Mas o que ela não sabia era que ele não tinha coração...

– E que tenho eu a ver com isso? – perguntou ele bruscamente.

Aqueles olhos verdes cintilaram por um instante, antes de ela se recordar que a sua vida e o seu futuro, e o do seu pai, estavam nas mãos dele.

– Queres comprar a Fornecimentos para Restaurantes Sánchez e vendê-la a quem der mais. Percebo que terias um grande lucro, mas peço-te que penses no sangue, suor e lágrimas que foram necessários para erguer a companhia. Pensa no impacto emocional que perder a empresa terá num homem bom e na sua família.

– Os sentimentos não contam nos negócios. Comprar Fornecimentos para Restaurantes Sánchez é uma decisão empresarial. E tens razão, espero conseguir um bom lucro na operação. Não posso preocupar-me com os sentimentos do dono anterior ou com os motivos por que deitou a perder a sua empresa.

Chase esperou voltar a ver aquela chama nos olhos dela, mas não voltou a surgir. Em vez disso, ela inclinou a cabeça lentamente antes de fazer uma última e desesperada tentativa.

– Sabia que dirias isso. E até consigo perceber a tua postura. Mas não poderias esperar, pelo menos, umas semanas? Deve haver outras empresas por aí que te tragam um lucro igual. Não poderias dar ao meu pai umas semanas, talvez um mês, para ver se consegue fazer algo para salvar o seu negócio? Se ele não conseguir, a única coisa que terás perdido é um pouco de tempo – fez uma pausa e olhou-o directamente nos olhos, arqueando as sobrancelhas. – A menos que haja alguma razão pessoal para que não queiras ajudar-me a mim e à minha família.

Pôs a ênfase necessária naquele comentário para que ele percebesse que se recordava daquela noite, há vinte anos atrás, tão bem quanto ele. Ele começou a sentir-se envergonhado e um pouco sufocado. Procurou restabelecer-se, evitando que as recordações o invadissem.

Elena Sánchez não tinha mudado nada desde a última em que a tinha visto, tirando que passara de uma rapariga bonita a uma mulher muito atraente. Mas quanto ao resto, era exactamente a mesma. Ainda confiava nas suas artimanhas femininas e na riqueza e reputação da sua família para conseguir tudo aquilo que desejava.

A Fornecimentos para Restaurantes Sánchez devia estar numa situação muito problemática para que ela se desse ao trabalho de ajudar o pai, em vez de ser o pai a andar a resolver os problemas dela. Era evidente que esperava que Chase visse a situação do seu ponto de vista, e tinha-se esmerado em parecer o mais atraente possível para conseguir o que queria.

Infelizmente para ela, Chase Ramsey não era um homem que se deixasse levar por qualquer parte da sua anatomia.

– Já te disse – disse ele com frieza. – Sinta o que sentir pela tua família, não deixarei que isso interfira numa decisão empresarial.

– Bem – disse ela, levantando-se e pegando na mala que deixara na outra poltrona, – acho que estou a perder o meu tempo e o teu. Obrigada por me receberes. Agora, podes voltar ao teu trabalho.

Enquanto ela caminhava para a porta, observou a rigidez dos seus ombros e o movimento das suas ancas, sentindo um incontrolável desejo de chamá-la.

Por que estaria a sentir o desejo de ela ficar mais uns minutos com ele quando a sua vontade mais profunda era não voltar a pôr-lhes os olhos em cima nunca mais?

A sua mente era um caos e lutava por controlar os sentimentos contraditórios que se estavam a formar dentro de si. Ao mesmo tempo, odiava-se por achá-la ainda mais atraente que antes. Era como se tivesse várias personalidades: uma parte dele queria ajudá-la, mas outra, tentava castigá-la.

– Espera – disse no momento exacto em que ela agarrava a maçaneta.

Lentamente, e de má vontade, Elena voltou-se.

– Quero fazer-te uma proposta – disse ele, levantando-se da secretária e aproximando-se dela.

Deteve-se antes que ela pudesse considerar intimidatório o seu comportamento.

– Pois a verdade é que tenho andado à procura de uma companhia feminina, de uma mulher bonita para acompanhar-me nas minhas viagens de negócios, a jantares e a outros eventos a que eu precise de assistir.

Arranjou a gravata e endireitou o casaco. Aquela declaração era, praticamente, verdadeira. Talvez não andasse à procura de mulher mas, claro, ser-lhe-ia muito conveniente ter uma companhia feminina à sua disposição. O que não conseguira ainda perceber era por que se sentia obrigado a fazer semelhante proposta àquela mulher.

Mas isso não o impedia de insistir, embora ela ainda nem tivesse respondido.

– Se estiveres de acordo em estares disponível sempre que eu precisar de ti, acederei a dar algum tempo ao teu pai para que ele tente salvar a Fornecimentos para Restaurantes Sánchez. Um dia, uma semana, um mês,… o que ele quiser.

Os seus lábios entreabriram-se, mas antes que ela conseguisse dizer algo, ele ergueu uma mão para calá-la.

– Tens que saber, antes de tomares uma decisão – prosseguiu Chase, – que haverá sexo. Se eu assim quiser, partilharás a minha cama.

Os olhos de Elena abriram-se de par em par, e não conseguiu evitar levantar a mão e esbofeteá-lo. Que tipo de mulher pensava ele que ela era?

– Não há mulheres que possas arranjar para isso? Não sou uma prostituta.

– Não disse que eras. Estou apenas a dizer-te o que preciso e o que terias de fazer para ajudares o teu pai a salvar o seu negócio.

– Portanto, estás a pedir-me que seja tua amante, quando tu quiseres e onde tu quiseres. Queres ter uma boneca para tirar da caixa e satisfazer as tuas necessidades físicas, para depois voltares a guardá-la na sua caixa quando estiveres despachado.

Ele encolheu os ombros e meteu as mãos nos bolsos das calças.

– Bem, eu não o diria assim, mas sim. Eu preciso de uma amante e tu precisas de conseguir tempo para que o teu pai salve a empresa. Este é o contrato, é pegar ou largar.

– Estupor – murmurou Elena com um sorriso ácido.

– É possível, mas tu é que vieste procurar a minha ajuda. E deverias dar-te por feliz por eu, ao menos, te fazer uma proposta. Podia ter-te dito simplesmente que não.

Gostaria de poder argumentar mas sabia que ele tinha razão. Fora-lhe difícil chegar até ali e o facto de ele propor algo era praticamente um milagre.

A pergunta era: teria outra opção?

Se o rejeitasse, voltaria para casa com a certeza de que o seu pai iria perder o negócio pelo qual tanto tinha lutado, a companhia que a sua família construíra e que fizera com que o apelido familiar fosse conhecido em todo o Texas e arredores.

Mas tornar-se a amante de Chase Ramsey, dormir com um desconhecido era algo difícil de assimilar e, para mais, tinha a certeza que ele a odiava com todas as suas forças.

Respirou fundo, obrigando-se a encher os pulmões de oxigénio.

– Dás-me algum tempo para pensar? – perguntou ela, tentando manter a voz firme . – Ou queres que te dê uma resposta agora mesmo?

Em vez de responder, Chase tirou as mãos dos bolsos e voltou para a sua mesa. Ainda de pé, pegou numa folha e numa caneta e inclinou-se para anotar algo. Depois, reaproximou-se dela e entregou-lhe o papel.

Ao lê-lo, viu uma data, uma hora, o nome de um aeroporto e o número da porta de embarque de um voo para Las Vegas.

– Dou-te até quinta. Se apareceres, concluirei que estás de acordo com as minhas condições e o teu pai terá uma oportunidade para salvar a sua companhia. Se não – disse, inclinando a cabeça e arqueando uma sobrancelha, – prosseguirei os meus planos de comprar a Fornecimentos para Restaurantes Sánchez.

Elena percebeu o tom intimidatório do comentário e saiu do escritório sentindo um nó no estômago.