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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2012 Dolce Vita Trust. Todos os direitos reservados.

AMORES E MENTIRAS, N.º 1141 - julho 2013

Título original: The Wayward Son

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

Publicado em português em 2013

 

Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

® ™. Harlequin, logotipo Harlequin e Desejo são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-3344-9

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Capítulo Um

 

Há muito tempo que ela não via nada tão belo. Deixando de lado a lindíssima paisagem outonal, a imagem dos músculos do homem sem camisa a esticar-se sob o ainda quente sol de Adelaide, bastou para provocar uma intensa reação hormonal a Anna.

Aproximou-se mais. Um arrepio acariciou-lhe a pele e eriçou-lhe os pelos. Estava a uns vinte metros dele quando, como se lhe caísse em cima um balde de água fria, soube quem era.

Judd Wilson.

A razão pela qual ela estava na Austrália.

Embora não se conhecessem, só podia ser o filho de Charles Wilson. Muito alto, Judd tinha cabelo escuro, pele bronzeada e um físico que era o epítome das fantasias de qualquer mulher. Os seus traços esculpidos apontavam para uma clara parecença com o seu pai. Estava disposta a apostar que os seus olhos eram do mesmo azul penetrante.

Ficou surpreendida ao ver que os seus músculos internos reagiram com uma instintiva tensão sexual. Há muito tempo que Anna não sentia uma reação tão forte perante alguém. Não esperava sentir-se tão atraída pelo filho do homem que, para além de ser o seu chefe, era como um pai para ela. Inspirou profundamente para dominar a sua atração e lembrou-se de que estava ali por uma questão de negócios.

Tinha feito uma promessa a Charles e ia cumpri-la. As suas instruções eram claras: persuadir Judd Wilson para voltar a casa, na Nova Zelândia, antes de morrer o pai que ele há mais de duas décadas não via.

Anna deu uns passos pelo caminho, entre fileiras e fileiras de vinhas. Olhou fixamente para Judd. Fez uma pausa, os nervos estavam a minar a sua resolução.

Judd tinha seis anos quando os seus pais se tinham divorciado e, como consequência, a sua mãe e ele tinham abandonado a Nova Zelândia, Charles e Nicole, a irmã de Judd. Anna perguntou-se a si mesma se Judd se lembraria do seu pai e se ficaria agradecido por poder reconciliar-se ou sentiria amargura pelos anos perdidos.

Se não tivesse sido pelas mentiras de Cynthia Masters-Wilson, Charles nunca se teria separado do seu filho. Anna ainda não tinha conhecido a mulher que tinha destroçado a existência de Charles, e não lhe apetecia fazê-lo. Sem dúvida seria um mal necessário nalgum momento, mas em princípio ia concentrar-se em conhecer o filho de Charles e calibrar qual seria a sua resposta. A intensa reação física que sentia ao vê-lo prometia complicar as coisas mais do que ela esperava.

Lembrou-se então que estava ali para fazer um trabalho, mas não conseguiu evitar voltar o olhar para o tronco bronzeado de Judd. Não podia distrair-se, por isso talvez não fosse o melhor momento para conhecê-lo e apresentar aquele tema. Ia ter de ser muito hábil se queria ter êxito, e devia isso a Charles. Ele tinha-se encarregado da sua mãe e dela durante muitos anos. O mínimo que podia fazer em troca era proporcionar-lhe uma certa paz emocional. Não podia precipitar-se e perder a sua única oportunidade de levar Judd Wilson para casa.

Mudou de direção, decidida a colocar distância entre ela e o homem culpado por ela ter voado quase cinco horas. Teria tempo de sobra para conhecê-lo durante a sua estadia nas vinhas e residência Os Masters. Apesar das suas boas intenções, não chegou longe.

– Olá – chamou uma voz tão matizada e sensual como um vinho Shiraz clássico. – Está uma tarde lindíssima, não está?

Não podia ignorá-lo, era importante causar-lhe boa impressão. Anna encheu-se de coragem e deu meia volta para olhar para o filho do seu chefe.

 

 

Deve ser a nova hóspede, pensou Judd ao observar a mulher. No início da semana, a sua prima Tamsyn enviava a todo o pessoal informação das casas de luxo que contariam com hóspedes. Mas não tinha mencionado que a nova visitante fosse tão espetacular.

Judd observou a mulher de vestido azul. Caminhava com uma graça que não deixava transluzir quão abrupto era o terreno. O sensual bamboleio das suas ancas provocou-lhe uma vaga de interesse masculino.

– Sou Judd Wilson, bem-vinda a Os Masters – passou o machado para a mão esquerda para oferecer-lhe a direita. Ela sorriu, e o movimento dos seus lábios fez com que ele sentisse certa tensão na zona genital. Devolveu-lhe o sorriso e apertou-lhe a mão com força.

– Olá, Anna Garrick – disse ela com voz rouca. Os seus olhos perscrutaram-lhe o rosto como se procurasse qualquer coisa, talvez que ele a reconhecesse.

Judd rejeitou essa possibilidade. Se tivesse visto Anna Garrick antes, não a teria esquecido.

Do cabelo castanho avermelhado, passando pelo corpo de proporções perfeitas, até às unhas pintadas dos pés, era a imagem da sua fantasia. Inclusive a sua voz, suave e rouca ao mesmo tempo, acariciava-lhe os sentidos.

– Muito prazer, Anna. Chegou hoje?

Ela desviou o olhar, como se estivesse nervosa ou escondesse alguma coisa. Judd ficou em alerta.

– Sim. Isto é maravilhoso. Tem sorte de viver numa zona tão bonita. Há muito que trabalha aqui? – a pergunta era inocente, mas ele tinha notado um leve titubeio.

– Pode dizer-se que sim – respondeu Judd. – É um negócio familiar dos Masters, cresci aqui.

– Mas o seu apelido...

O seu apelido. O seu pai tinha-o deixado de lado anos atrás e, embora fosse o bem-sucedido diretor de Os Masters, alguns dos seus primos tratavam-no como se não fosse um deles.

– A minha mãe é a Cynthia Masters-Wilson – respondeu. Não tinha que entrar em detalhes. Tinha coisas muito mais agradáveis para falar com aquela mulher.

– E todos os Masters cortam lenha para as lareiras daqui? – gracejou ela.

– Claro que sim! Qualquer coisa para fazer com que a estadia aqui seja mais agradável – aquilo soava melhor do que admitir que necessitava dissipar tensão depois de um frustrante dia de trabalho.

Isso acontecia-lhe frequentemente. Passar o dia a carregar nas teclas do computador não servia como substituto da atividade física. E entre cortar lenha ou partir a cara ao seu primo Ethan, Judd tinha escolhido cortar lenha, embora contrariado.

Sem dúvida, Ethan necessitava que alguém lhe pusesse a cabeça no seu sítio. Embora produzir vinho fosse algo que fizesse maravilhosamente, os seus inúmeros prémios eram prova disso mesmo. Ethan empenhava-se em manter a integridade e superioridade dos vinhos que se consideravam sinónimo da marca Os Masters. Mas dada a saturação dos mercados locais em certas variedades de vinho, Judd estava igualmente empenhado em que Ethan diversificasse. Dizia isso desde o dia em que, há anos, tinha visto as primeiras projeções de excesso de oferta. Mas o seu primo era intratável quanto a esse tema.

Não havia dúvida que Judd necessitava da distração que a senhora Garrick lhe podia oferecer.

– Não hesite em fazê-lo saber se necessitar que eu faça o que quer que seja por si – acrescentou.

– Terei isso em conta. Mas de momento não me lembro de nada. O meu plano é desfrutar de um passeio antes que escureça demasiado.

– Então, deixarei que siga o seu caminho. Vê-la-ei no jantar esta noite?

– Jantar?

– Sim, todas as semanas celebramos um jantar familiar para dar as boas-vindas aos novos hóspedes. Encontrará um convite no pack que lhe deram na receção. Começa com um coquetel no salão formal da casa grande, às sete – Judd aproximou-se e agarrou-lhe na mão de novo. – Estará lá, não estará?

– Sim, eu gostaria muito.

– Excelente – murmurou ele. – Até logo – levantou a mão e roçou o dorso com os lábios. Ela pareceu desconcertada por um instante, mas depois ofereceu-lhe outro delicioso sorriso antes de seguir o seu caminho. Judd apoiou-se no cabo do machado e observou-a enquanto ela se afastava. As sombras começavam a envolver a parte baixa das montanhas. Levantou a vista em direção às ruínas da mansão gótica no topo mais próximo.

Os restos carbonizados eram tudo o que restava da mansão Masters original. Anos depois da sua destruição, continuava a ser o símbolo da glória passada da família e da sua luta por reconstruir um mundo que tinha sido devorado pelas chamas. Não se podia deixar de admirar uma família que tinha perdido a sua riqueza mas tinha lutado com unhas e dentes para estar onde estava atualmente.

Sentia-se orgulhoso pelo seu património. Apesar do seu apelido, era tão Masters como qualquer dos seus muitos primos e tinha o mesmo direito que eles de estar ali. Ainda assim, sempre se tinha sentido como um intruso. Isso tinha-o levado a trabalhar o dobro para demonstrar a sua valia. Aquela ética de trabalho tinha conseguido que Os Masters prosperassem até ocuparem uma plataforma global que nunca tinha entrado nas suas expectativas.

No entanto, nos últimos tempos tinha estado demasiado centrado no trabalho. As suas obrigações estavam há meses a consumi-lo. Por fim, tinha admitido que se aborrecia. A vida, o trabalho, tudo, carecia das metas que ele ansiava. Um leve namorisco com a encantadora Anna Garrick seria o antídoto perfeito para a sua frustração.

Metodicamente, empilhou os troncos que tinha cortado e guardou a ferramenta antes de ir tomar duche. A perspetiva de outro serão com a sua família parecia-lhe muito mais atraente do que umas horas antes, depois da sua última discussão com Ethan.

Talvez tivesse encontrado o desafio que procurava.

 

 

Judd ainda tinha o cabelo húmido quando foi em direção à sala, onde os membros residentes do clã Masters se reuniam com os hóspedes para tomar um aperitivo antes do jantar. Era um hábito antiquado, que enraizava nas ruínas da colina e num estilo de vida já desaparecido, mas que continuava a ter certo encanto e que desempenhava um importante papel na união da família.

Para paliar a frescura do pôr do sol, o fogo crepitava na lareira de pedra. Judd olhou à sua volta, cumprimentou Ethan com a cabeça e sorriu para a sua mãe que, com a sua elegância habitual, ocupava uma poltrona que estava junto à lareira. A nova hóspede não estava lá.

Foi em direção ao aparador e serviu meio copo do pinot noir Os Masters. Enquanto o fazia, o objeto do seu interesse apareceu no umbral. Caminhou em direção a ela mas a sua mãe, sempre vigilante, chegou antes que ele e começou a interrogá-la.

– Desculpe-me por ser tão direta, mas a sua cara é-me familiar. Já se alojou aqui anteriormente? – perguntava Cynthia quando ele chegou.

Judd captou o seu desconcerto, embora Anna o dissimulasse rapidamente.

– Não. É a minha primeira visita à Austrália, mas espero que não seja a última – sorriu, mas os seus olhos ainda mostravam um laivo de inquietude.

Judd perguntou-se a si mesmo se ela estaria a mentir. A senhora Garrick adquiria interesse por momentos.

– Talvez a sua sósia ande por aí. Dizem que todos temos uma – Cynthia arqueou uma sobrancelha. – O que é que quer que o Judd lhe sirva, querida?

– Um copo de sauvignon branco, por favor. Ouvi dizer que há pouco ganharam duas medalhas de ouro.

– É verdade. Estamos muito orgulhosos do Ethan pelo que ele está a conseguir com os vinhos. Não é verdade, Judd? – o tom da frase dita por Cynthia fez com que Judd soubesse que ela já estava ao corrente da sua recente discussão.

– É um verdadeiro Master, não há dúvida – disse Judd.

O duplo sentido não passou desapercebido a Cynthia, que lhe lançou um olhar reprovador antes de decidir que o melhor castigo seria levar Anna para a apresentar ao resto da família. Não se iludia, Anna era a única pessoa cuja companhia Judd queria naquela noite.

Com uma mão no bolso das calças, observou Anna enquanto a apresentavam aos dois irmãos mais velhos de Cynthia e a Ethan. Quando o seu primo se pôs de pé para a cumprimentar, Judd ficou com os pelos eriçados e lembrou-se do seu instinto selvagem.

Aquilo deve ter-se notado, porque os olhos do seu primo brilharam com interesse antes de se inclinar para dizer qualquer coisa a Anna. Algo arrancou a Anna um riso delicioso que acelerou a pulsação de Judd.

Empenhado em não dar a Ethan a satisfação de saber até que ponto o tinha irritado por ter sido a causa daquele riso, Judd virou-se para cumprimentar Tamsyn, a irmã do seu primo, que acabava de entrar na sala.

– Vejo que já está aqui a nova hóspede – comentou, tirando-lhe o copo de vinho da mão e tomando um sorvo. O seu novo anel de noivado brilhou sob a luz. – Hum, muito bom. Podes servir-me um?

– Fica com esse, não lhe toquei.

– Obrigada – Tamsyn sorriu-lhe.

– Hoje não te acompanha o teu noivo?

– Não, continua na cidade, a trabalhar – os seus cálidos olhos castanhos perscrutaram-no. – Pareces tenso, está tudo bem?

Judd forçou um sorriso. Tamsyn percebia sempre quando ele estava perturbado.

– Nada que não se solucione quando o teu irmão aprender a prestar tanta atenção às tendências de mercado como aos hóspedes.

– Boa sorte com isso, primo – Tamsyn riu-se. – Sabes que ao Ethan lhe importam pouco as tendências de mercado. Eu se fosse a ti não me preocuparia com isso – apontou para Anna com a cabeça. – O Ethan gosta de louras. E essa moreninha não para de olhar para ti de soslaio. Já foram apresentados?

Judd assentiu e deixou que o seu olhar percorresse a esbelta figura de Anna. Sorriu com satisfação ao comprovar que a sua prima tinha razão, Anna olhava para ele com certa frequência.

– Sabes por que é que ela veio a Adelaide?

– Não mo disse quando ligou para fazer a reserva. Suponho que são umas breves férias. Só ficará quatro dias. Tens que te apressar para a conhecer – beliscou-o Tamsyn.

– Então será melhor que não lhe permita desperdiçar mais tempo – disse ele. – Desculpa.

Sem esperar pela resposta de Tamsyn, atravessou a sala e foi em direção a Anna. Ela olhou para ele sorridente.

– Deve ser um prazer trabalhar com a família – disse. – O Ethan explicou-me o que é que vocês fazem.

– Tem as suas vantagens, obviamente – corroborou Judd. – Diz-me lá, pensaste em fazer visitas turísticas enquanto cá estiveres? Felizmente, tenho dois ou três dias com pouco trabalho e adorava mostrar-te tudo, se te apetecer. Posso tratar-te por tu, não posso?

Anna tentou manter a calma. Essa era a oportunidade que ela procurava. Passar tempo a sós com Judd Wilson ajudá-la-ia a descobrir como ele era. Charles só lhe tinha pedido que conseguisse uma reunião com ele e lhe entregasse a carta que levava na mala, mas preferia saber mais acerca do filho do seu chefe antes de dar esse passo. Charles tinha sofrido muitas desilusões na vida e, se estivesse na sua mão, nos seus últimos anos só teria alegrias.

Por muito que Charles desejasse reunir-se com Judd, estava preparado para receber a negativa do seu filho. Essa era a razão pela qual só Anna sabia quão importante era para ele que Judd voltasse à casa paterna. Charles tinha-a feito jurar que guardaria segredo dos detalhes daquela viagem inclusive perante a sua filha Nicole, que se tinha encarregado da direção da empresa quando ele tinha adoecido. Anna tinha a sensação de estar a trair Nicole, sobretudo porque ela era a sua melhor amiga, trabalhavam juntas e viviam debaixo do mesmo teto.

Mas era pelo bem de Charles. E Charles merecia que ela fizesse tudo o que estivesse ao seu alcance para convencer o seu filho a voltar para casa.

Não sabia como falar-lhe acerca do assunto, mas o seu instinto dizia-lhe que Judd seria mais recetivo se conseguisse que se abrisse antes de revelar-lhe o propósito da sua visita. O seu lado feminino, por outro lado, temia que quanto mais atrasasse o momento, mais difícil lhe seria resistir à poderosa atração que ele exercia sobre ela.

– Claro. Mas tens a certeza? Não gostava de ser uma carga. É a minha primeira visita à região e já me apercebi que não tenho tempo suficiente.

– Então talvez possamos convencer-te para voltares – disse Judd, aproximando-se mais.

Ela sentiu um arrepio. Àquele ritmo ia necessitar de tomar um duche frio antes que o serão acabasse. Não sabia como trabalhar a inesperada complicação da sua atração visceral em relação a Judd Wilson.

O som da campainha a tocar para o jantar livrou-a de responder. Judd ofereceu-lhe o braço.

– Posso escoltar-te até à mesa?

– És sempre assim tão formal? – perguntou ela, metendo a mão no espaço entre o seu braço.

A labareda dos seus olhos azuis deixou claro que podia ser muito informal. O corpo dela reagiu de forma inconsciente. Os seus mamilos endureceram e os seus seios incharam de desejo.

– Quando preciso de sê-lo – replicou ele com um sorriso que era pura malícia.

Anna obrigou-se a si mesma a quebrar o contacto visual. O poder da sua atraente virilidade era suficiente para lhe tirar o ar e o bom senso. Talvez não fosse assim tão boa ideia conhecer melhor Judd Wilson. No trabalho relacionava-se com homens poderosos e absorventes, mas não tinha conhecido nenhum com tanto carisma natural.

De repente, sentiu incerteza a respeito dos dias seguintes. Em que confusão se tinha metido?