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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2003 Kathryn Ross

© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Objectivo: casar-se, n.º 811 - Julho 2015

Título original: A Spanish Engagement

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2005

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7145-8

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Se gostou deste livro…

Capítulo 1

 

Era estranho como a vida podia mudar num instante, pensou Carrie ocupando o seu lugar na primeira classe do avião. Noutra época, quando ia em viagens de negócios para o escritório de Paris, ia às compras aos Campos Elíseos depois das reuniões, ou tomava uma bebida com os colegas. Ultimamente, tanto lhe fazia; só pensava em voltar para casa para estar com a sua sobrinha.

Carrie olhou para o relógio ao ouvir o piloto desculpar-se pelo atraso e anunciar que a hora prevista de chegada a Barcelona era às quatro e meia. Era duvidoso que pudesse chegar a tempo de ir buscar Molly à escola. Noutra ocasião, não se teria importado, mas Silvia, a ama, tinha-lhe pedido uns dias livres e o seu aspecto era tão lamentável que Carrie tinha acedido. Tinha que ser ela a ir buscar Molly durante toda a semana. Tinha sido duro, mas também muito satisfatório. De facto, o melhor momento do dia era o instante em que Molly saía a correr da aula com um enorme sorriso no rosto. A ternura das boas-vindas e a forma como Molly se lançava para os seus braços comovia-a sempre.

Carrie era uma executiva publicitária de êxito e estava acostumada às pressas, mas tinha que reconhecer que, durante os últimos meses, desde que Molly viera viver com ela, as suas prioridades tinham sofrido uma verdadeira reviravolta. De repente, a sua carreira profissional tinha deixado de ser o mais importante na sua vida. E, para Carrie, essa era uma mudança suprema. Sempre tinha sido uma mulher entregue à sua profissão: a primeira a chegar ao escritório de manhã e a última a ir-se embora. Essa dedicação tinha-lhe valido um importante posto na sucursal da agência publicitária em Barcelona. No entanto, ultimamente, só desejava voltar o quanto antes para casa e preferia ler contos a Molly à noite a rever relatórios.

Os companheiros do escritório começavam a notar a mudança… e Carrie sabia que o seu superior imediato não a apreciava nem um pouco. Trabalhava-se sob uma enorme pressão em troca de um salário alto e havia muitas pessoas abaixo à espera que Carrie deixasse o lugar livre.

Mas Carrie não tinha intenção de cometer erro algum. Apesar de se ter visto pressionada até ao limite em duas ocasiões, naquela semana tinha conseguido numerosos contratos novos, provando com isso que continuava em forma. Por isso, não lhe importava demasiado o que os outros pensassem. Molly precisava dela e isso era a única coisa que importava.

Há já três meses que um trágico acidente tinha roubado o seu pai à menina. Carrie não tinha hesitado então em tomá-la a seu cargo. Que outra coisa podia fazer? Molly era a filha do seu meio-irmão e não tinha mais parentes, além de uns avós que viviam na Austrália, que quase não conhecia.

Um simples olhar para aquela menina assustada que a esperava no posto de polícia tinha bastado para que Carrie assinasse os papéis. E, embora lhe tivesse causado muitos transtornos na sua vida profissional e social, praticamente já inexistente, Carrie não o lamentava. De facto, tinha preenchido há algumas semanas o processo de adopção legal de Molly. Carrie pensava que se trataria de uma simples formalidade, mas a avó de Molly tinha-lhe mandado uma carta desagradável onde lhe dizia que aquela adopção não tinha graça nenhuma e que em breve viria visitá-la. Na verdade, devia chegar no dia seguinte à noite e Carrie estava muito ansiosa.

Carrie abriu a pasta e tentou esquecer o assunto. No dia seguinte era sexta-feira, tinha um dia inteiro de trabalho pela frente. Era um dia importante, porque Carrie tinha muito interesse em conseguir o contrato de promoção das Adegas Santos. Tinham-lhe ocorrido umas quantas ideias na reunião do escritório na semana anterior e o seu chefe, José, tinha-lhe dado a sua aprovação. No entanto, Carrie sabia que José começava a observar o seu trabalho com um olho crítico. O verdadeiro teste consistiria em vender a ideia ao director das Adegas Santos na sua reunião do dia seguinte.

Carrie estava imersa no trabalho quando um homem se sentou no lugar ao lado. Ergueu os olhos um segundo e sorriu cortesmente e… de repente, aconteceu algo… Era incapaz de se concentrar de novo diante daqueles olhos escuros. Aquele homem era muito bonito.

Por muito que tentasse, a sua presença distraía-a. Apercebeu-se perfeitamente do seu corpo musculado a escassos centímetros dela. Nunca lhe tinha acontecido uma coisa daquelas. Nunca na vida tinha sentido semelhante atracção por homem nenhum. Até o odor subtil da sua loção de barbear a transtornava.

Carrie olhava-o de soslaio de vez em quando. Observava o seu belo perfil, o seu cabelo espesso e escuro, o corte do seu fato caro e, inclusive, as suas mãos, grandes e capazes. E notou a forma como a hospedeira lhe sorria ao passar. Indubitavelmente, era um homem acostumado a que as mulheres o admirassem, pensou. Portanto, de propósito, tentou não fazer caso dele.

Tinha que guardar os papéis e fechar a pasta para descolar. Quando o avião começou a ganhar velocidade, Carrie agarrou-se ao braço da poltrona e roçou acidentalmente na mão do vizinho.

– Perdão.

Ele sorriu. Aquele sorriso teve um efeito muito estranho em Carrie: o coração deu-lhe um salto. Carrie sorriu educadamente e afastou os olhos. Detestava aquela sensação, gostava de controlar tudo o que lhe acontecia e o facto de não ser assim era um inferno. Devia acalmar-se, disse para si. Era uma mulher de negócios de vinte e nove anos, não uma adolescente.

Assim que o avião descolou, Carrie voltou a abrir a pasta e a tirar os papéis. Sentiu o olhar dele sobre si enquanto tentava ler, percebeu que a observava com profundo interesse. Naquela manhã não deveria ter-se penteado com aquele carrapito severo, não teria sido nada má ideia uma cortina de cabelo atrás da qual se esconder.

– Vai a Barcelona em viagem de negócios? – perguntou ele de repente.

– Não, vivo em Barcelona. Volto de uma viagem de negócios.

Carrie admirou o atraente sotaque espanhol com que falava. Isso explicava que os seus cabelos fossem escuros e os seus olhos sombrios e penetrantes, pensou.

– E você? – perguntou Carrie, incapaz de reprimir a curiosidade. – Vive em Barcelona, ou vai em viagem de negócios?

– Um pouco de ambas – sorriu ele.

Embora a sua curiosidade fosse grande, Carrie reprimiu a vontade de lhe perguntar o que fazia. Era evidente que era um homem de êxito, tinha um ar forte de autoridade. Carrie tratou de voltar para os papéis, mas, de repente, apercebeu-se de que estava a ler o mesmo parágrafo outra vez. A sua mente recusava-se a concentrar-se, observava cada movimento e cada palavra do seu vizinho.

Ouviu-o a falar em espanhol com a hospedeira. Se o seu sotaque lhe tinha parecido sexy ao falar inglês, não era nada comparado com aqueles tons profundos e quentes da sua língua nativa. Carrie era inglesa de berço, mas falava espanhol com tal fluência que não lhe custou seguir a conversa. A hospedeira metia-se com ele descaradamente e ele não se mostrava resistente. Na verdade, também lhe respondia.

Carrie franziu o sobrolho. Devia deixar de escutar. Não lhe dizia respeito. O importante era conseguir o contrato com as Adegas Santos no dia seguinte e, se se desse bem, teria tempo de limpar a casa e preparar-se para a visita da avó de Molly.

– Quer tomar algo? – perguntou ele de repente.

Carrie levantou os olhos e viu a hospedeira à espera. Sentiu-se tentada a aceitar, mas, finalmente, sorriu, abanou a cabeça e respondeu:

– Obrigada, mas não posso. Tenho que me concentrar nisto.

– Muito sensata – sorriu ele.

Aquele sim, era um sorriso devastador, pensou Carrie. O avião oscilou de repente e uns quantos papéis caíram aos pés dele, que imediatamente se agachou para os apanhar.

– Obrigada.

As suas mãos tocaram-se acidentalmente. Carrie pegou nos papéis e, de repente, ficou sem fôlego. O que lhe estaria a acontecer? Tinha conhecido muitos homens, mas nenhum lhe tinha causado aquele efeito.

– Trabalha para as Adegas Santos? – perguntou ele ao ver o logótipo de um daqueles documentos.

– Não exactamente. Trabalho para uma agência de publicidade e espero poder ocupar-me dos anúncios televisivos dos seus vinhos.

– A sério? Que interessante! São uns vinhos excelentes.

– Sim? – sorriu Carrie de repente, esquecendo a sua habitual reserva. – Eu nunca os provei… embora suponha que não lhe deveria contar isto.

– Provavelmente – respondeu ele com um sorriso malicioso muito bonito.

– Mas posso vendê-los de qualquer modo. Gosto de procurar ideias novas para os produtos, por piores que sejam. É o meu trabalho.

– E não seria de grande ajuda que acreditasse no que está a vender?

– É claro – assentiu Carrie. – Amanhã saberei tudo a respeito das Adegas Santos, vou visitá-las e falar com os produtores.

De repente, olhou-a longamente de cima a baixo, tomando nota de tudo: desde o elegante penteado dos cabelos loiros até ao fato de casaco e saia preta. Carrie sentiu que o sangue lhe aquecia com aquele olhar. Era quase como se a tocasse com os olhos.

– Bem… se me desculpar… – disse ela afastando os olhos. – Será melhor voltar ao trabalho.

– É claro – assentiu ele, educadamente.

Carrie perguntou-se se seria imaginação sua, se verdadeiramente a tinha olhado com interesse. A hospedeira apresentou-se nesse momento com uma bebida e Carrie ouviu-os a conversar. Pouco depois, serviram o almoço e viu-se obrigada a fechar uma vez mais a pasta. Era estranho, mas sentia-se mais vulnerável sem aqueles papéis. Não podia fingir que não lhe interessava, nem escapar àquela atracção sexual perturbadora e poderosa.

– E como corre o trabalho? – perguntou ele enquanto ela tirava os talheres.

– Bem, obrigada.

– Muito bem.

A hospedeira chegou com uma garrafa de vinho.

– Ah! Agora não pode recusar – acrescentou ele com um sorriso. – Pode misturar o trabalho e o prazer e até investigar.

Carrie reparou que ele tinha pedido uma garrafa de vinho branco das Adegas Santos.

– É muito amável, mas…

– Não é para tanto, tenho um motivo oculto – respondeu ele interrompendo-a e servindo-lhe o vinho.

– Um motivo oculto?

– Quero saber com sinceridade se gosta do vinho – sorriu ele. – Já sei que me disse que isso não afecta a campanha, mas… – encolheu os ombros com um gesto tipicamente espanhol – sinto curiosidade em saber a verdade.

Carrie pegou no copo de vinho que lhe estendia, tendo especial cuidado em não roçar na sua mão. Ele viu-a dar um gole e examinou detalhada e lentamente os seus traços: as maçãs do rosto altas, a curva generosa dos lábios. Reparou até que não usava demasiada maquilhagem, que não lhe fazia falta. Carrie tinha uma pele deliciosa e os seus enormes olhos azuis não precisavam de pintura para os destacar.

– E então?

Carrie esperou uns segundos para que o seu paladar saboreasse aquele vinho e depois disse:

– É muito refrescante… ligeiramente frutado, não demasiado seco… Sim, é muito bom – acrescentou dando outro gole. – Não é que seja uma grande provadora nem nada disso, mas recomendá-lo-ia aos meus amigos. E não terei a consciência pesada por vendê-lo… quer dizer, se conseguir o contrato. Ainda não está nada certo.

Ele serviu-se de um copo e ergueu-o na sua direcção em jeito de brinde, dizendo:

– Conte-me alguma coisa a respeito da sua agência, é grande?

– Chama-se Images e é muito grande. Tem sucursais em Londres, Nova Iorque, Paris e Madrid e há doze meses abriu outra em Barcelona, que é onde trabalho. Foi um desafio montá-la ali, mas estamos a conseguir contratos importantes. A empresa expande-se rapidamente.

– E suponho que a transferiram de Londres, não?

– Sim, colocaram-me aqui, junto do meu chefe, José, e depois começámos a contratar mais pessoas de Barcelona. É uma cidade bonita, eu gosto muito de viver em Barcelona.

– Sim, é – concordou ele. – Eu gosto sempre de voltar.

– Se precisar de publicidade para o seu negócio lembre-se da Images.

– Lembrar-me-ei – sorriu ele. – Que ideias tem para as Adegas Santos?

Carrie hesitou e ele acrescentou com um sorriso:

– Não trabalho para nenhuma empresa de publicidade.

– Em que trabalha? – perguntou ela reparando, de repente, que ele fazia muitas perguntas.

– Sou advogado.

– A sério?

Carrie fez uma pausa. De repente, sentiu vontade de lhe perguntar se sabia alguma coisa sobre adopções, mas conteve-se. Uma coisa era falar de trabalho e outra, muito diferente, era discutir assuntos pessoais com um estranho. Surpreendia-a que ele fosse advogado; teria jurado que trabalhava ao ar livre. Tinha um físico impressionante, estava em forma. Devia ser uns seis ou sete anos mais velho que ela e, indubitavelmente, cuidava de si.

– Ocupo-me de assuntos corporativos, portanto, na sua maior parte, trata-se de grandes negócios.

– Compreendo – assentiu Carrie.

Alegrava-se de não lhe ter pedido opinião a respeito do seu problema. Além disso, também não era para tanto. Assim que conseguisse acalmar a avó de Molly e afugentar os seus medos, a adopção seguiria em frente.

– Deveríamos apresentar-nos. O meu nome é Max.

– Carrie Michaels.

– Prazer em conhecer-te, Carrie.

A hospedeira retirou as bandejas da refeição, deixando só as bebidas.

– Bem, estavas a contar-me os teus planos para as Adegas Santos – continuou ele, que parecia realmente interessado.

– Bom, é um negócio familiar, portanto, pensei que deveria focá-lo desde esse ponto de vista. Na verdade, foi isto o que me deu a ideia – acrescentou Carrie, estendendo-lhe um desenho de Molly.

Ele pegou no desenho e examinou-o. Nele havia figuras parecidas com paus a dançar numa paisagem que parecia um vinhedo e um sol amarelo enorme.

– Muito bonito – afirmou Max. – Fizeste-o tu?

– Não, a minha sobrinha de quatro anos – sorriu Carrie. – Mal o vi, pensei que era perfeito. As Adegas Santos precisam de mudar a imagem, de se expandir apoiando-se na ideia da família e, ao mesmo tempo, dar a sensação de uma empresa jovem e moderna.

Era fácil entabular conversa com aquele homem que, além disso, fazia exactamente as perguntas pertinentes a cada momento, as mesmas que lhe faria o director da adega. Carrie não reparou em como o tempo passava até ao momento em que uma luz indicou aos passageiros que deviam apertar o cinto de segurança para aterrar.

– O tempo passa rápido… – murmurou Carrie. – Espero não te ter aborrecido com o meu trabalho.

– Pelo contrário, achei fascinante.

Carrie perguntou-se se tentava simplesmente ser cortês. Ninguém podia estar tão interessado numa publicidade sobre vinho. O avião aterrou e ela lamentou não ter descoberto mais coisas a respeito dele. Apesar de se ter mostrado reservado na hora de falar de si mesmo, Max tinha sabido surripiar-lhe informação suficiente para fazer um perfil dela.

O indicador luminoso desligou-se e toda a gente começou a levantar-se para recolher as suas coisas. Então, Carrie apercebeu-se de como ele era alto. Olhou para o relógio e tentou pensar noutra coisa.

– Foi um voo muito interessante, gostei muito da tua companhia – disse ele com naturalidade quando Carrie se levantou.

– Sim, eu também…

Max deu um passo atrás para lhe ceder a passagem e sair do avião. Ao passar, ela reparou que a hospedeira só tinha olhos para ele. Então voltou a cabeça para atrás, levada pela curiosidade e viu que ambos falavam. A hospedeira punha uma mão sobre o seu ombro. Provavelmente, estava a dar-lhe o seu número de telefone. Por um momento, isso lembrou-lhe o seu ex-marido. Ele também era assim: as mulheres faziam o impossível para chamar a sua atenção e a sua presença não parecia importar-lhes. A lembrança amargurou-a tanto, que Carrie levantou a cabeça e continuou a caminhar.

O sol espanhol atingiu totalmente Carrie mal ela desceu do avião. O céu era de um azul surpreendente, a brisa seca e poeirenta. Não demorou a passar a alfândega. Carrie levantou o passaporte e entrou no moderno aeroporto.

Em geral, havia sempre uma fila interminável de táxis à espera na porta do terminal, mas, naquele dia, só restava um. Carrie apressou-se para o apanhar, mas, ao chegar, viu que já tinha um passageiro. Este voltou-se para se aproximar dela e, então, Carrie viu que se tratava do mesmo homem que tinha viajado sentado ao seu lado. Como diabos se tinha apressado tanto? Max abriu a porta quando estava prestes a virar-se.

– Parece que tens pressa – disse ele. – Queres partilhar o táxi?

Carrie olhou-o nos olhos, aqueles arrebatadores olhos pretos, e hesitou. Depois, lembrando-se de que Molly a esperava, assentiu.

– Obrigada – disse entrando para o veículo. – Importas-te de me deixar primeiro a mim? A verdade é que tenho muita pressa, só disponho de uns minutos para ir buscar a minha sobrinha à escola.

– É claro – acedeu ele sem hesitar, ouvindo-a dar a morada ao taxista.

– Obrigada – repetiu Carrie descontraindo por fim.

– Não importa, de qualquer modo, tinha que atravessar a cidade. Vou aos subúrbios.