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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2005 Harlequin Books S.A.

© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Só uma vez, n.º 738 - Setembro 2015

Título original: Just a Taste.

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2007

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7177-9

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Wine Country Courier

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Capítulo Treze

Se gostou deste livro…

Wine Country Courier

Crónica Social

 

O que se está a passar em As Vinhas?

 

 

 

A popularidade dos caldos da marca Vinhedos de Louret está a atrair tantos turistas e amantes do bom vinho, que a família contratou Seth Bennedict para renovar a sala de provas das suas adegas. Parece que as mudanças que se pretendem implementar têm como objectivo torná-la mais diáfana, mantendo, isso sim, a sua elegante rusticidade.

Há uns anos, todo o vale de Napa ficou perturbado quando um acidente de viação deixou viúva Jillian Ashton-Bennedict, a filha mais jovem da família, mas a autêntica tragédia ocorreu depois, quando se soube que o seu marido, Jason Bennedict, irmão de Seth, não tinha morrido só. A sua cunhada, Karen, ia com ele no carro.

Desde que aquilo foi descoberto que se espalharam os rumores. Mantinham Jason e Karen uma aventura? Era sabido que o casamento de Jillian Ashton e Jason Bennedict não passava por um bom momento, e agora diz-se que poderá ter surgido uma relação entre Jillian e o seu cunhado Seth Bennedict, viúvo de Karen. Parece que Seth e Jillian estão a misturar trabalho e prazer, mas só o tempo dirá se essa relação dará os seus frutos.

Prólogo

 

Quando as primeiras notas estridentes da marcha nupcial começaram a ressoar na capela de Las Vegas, Spencer Ashton não se incomodou em dissimular um esgar de desagrado. Fechou os olhos para não ver as falsas colunas de mármore nem a horrível decoração do tecto, que simulava um céu com nuvens.

Porém, com isso só conseguiu que a percepção dos seus outros sentidos se intensificasse. A música pareceu-lhe mais ainda enlatada, o aroma adocicado das flores e velas enjoava-o.

Merecia algo melhor; ganhara a pulso um casamento numa catedral, com música de órgão e um coro. Gostaria de se virar e ver os bancos abarrotados de importantes empresários e gente da alta roda, que lhe apertassem a mão e lhe dessem palmadas nas costas para o felicitar e dar-lhe as boas-vindas à elite, à sua irmandade de poder e privilégios.

Abriu os olhos e voltou-se para ver a sua prometida avançando para o altar pelo braço do pai.

Oh, como ansiara por esse momento, o momento no qual, quando o sacerdote perguntasse «quem entrega esta mulher?», John Lattimer responderia com um «eu entrego-a».

Era o único que contava para ele, essas duas palavras com que aquele que fora seu chefe e mentor durante os últimos cinco anos lhe ia dar a chave não só da sua companhia de investimentos, mas de toda a sua fortuna.

Uma onda de satisfação invadiu Spencer e o esgar de desagrado tornou-se num sorriso que Caroline deve ter interpretado totalmente mal, porque soltou o braço do pai, apertou o seu inclinando-se para lhe sussurrar:

– Eu sinto o mesmo.

Spencer hesitava, mas... por que não deixar que continuasse a achar que sentia algo por ela se com isso era feliz? Mesmo que não estivesse a ter a cerimónia que merecia, pelo menos obteria resultados. Apertou a mão trémula da jovem e, olhando-a nos olhos, sorriu-lhe e disse:

– Estás linda vestida de noiva, Caroline.

Era só um elogio, tão vazio de significado como as ternas palavras que usara para a conquistar, tão vazio como o juramento de amor eterno que precedera o seu ardente pedido de casamento.

Dissera-lhe que queria casar o mais rápido possível, que não podia esperar mais para começar uma nova vida com ela. Claro que um casamento rápido em Las Vegas não era o que mais lhe agradava, mas não podia arriscar-se à propaganda e complicações que teriam comportado uma grande festa e uma cerimónia com toda a pompa; não quis dar azo a que alguém lhe perguntasse se não tinha algum familiar que quisesse convidar.

Não queria voltar a saber dos seus parentes; começaria a fazer parte de uma família da alta sociedade da Califórnia, sentar-se-ia à direita do sogro nas reuniões da junta directiva da Corporação Lattimer, que com tempo se transformaria na Corporação Ashton-Lattimer.

Oh, sim, que bem soava aquilo... tão bem como os sinos de uma catedral imaginária que repicavam na sua mente. O som glorioso do seu futuro. O único que tinha que fazer era fingir que adorava aquela loira franzina que estava a ponto de se converter em sua esposa.

A cerimónia começou, mas Spencer não prestava atenção às palavras do sacerdote. Os seus olhos tinham descido para o colar de pérolas que adornava a garganta de Caroline.

A filha de John Lattimer talvez não tivesse a sua beleza, ambição, nem determinação, mas noutros aspectos respondia ao seu ideal de esposa: recatada, dócil, calada, generosa, rica...

Sorriu e olhou-se nos seus olhos, brilhantes e húmidos pela emoção, e repetiu os mesmos votos vazios de significado que a última vez. No seu íntimo, porém, acrescentou mais um: que passaria o tempo suficiente na cama de Caroline para lhe dar todos os filhos que quisesse; crianças que a mantivessem ocupada para que não o incomodasse; netos para unir os apelidos Ashton e Lattimer e para se assegurar que a fortuna do velho seria sua após a sua morte.

Quando o sacerdote os declarou marido e mulher, um sentimento de euforia inundou Spencer de novo, mas dessa vez com uma intensidade muito maior.

Tinha percorrido um longo caminho desde que saíra da pestilenta cidade de Crawley, no Nebraska, e por fim tinha alcançado a sua meta. Esse sucesso não se devia à sorte; chegara onde chegara porque tinha sido bastante astuto para transformar as suas ambições em realidade.

Tudo o que sempre quisera, tudo o que merecia seria seu em breve; tudo.