Portada

Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

© 2010 Ann Major. Todos os direitos reservados.

TEMPORÁRIO, N.º 1026 - Outubro 2011

Título original: Ultimatum: Marriage

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em portugués em 2011

Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

® ™. Harlequin, logotipo Harlequin e Desejo são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

I.S.B.N.: 978-84-9000-838-6

Editor responsável: Luis Pugni

ePub: Publidisa

Se gostou deste livro, também gostará desta apaixonante história que cativa desde a primeira até à última página.

Clique aqui e descubra um novo romance.

Portada Verano de madreselva

www.harlequinportugal.com

Capítulo Um

– Desculpa, Claiborne. Foste excluído do projecto. Os meus clientes estão preocupados com a notoriedade que te deu a tua relação com o Mitchell Butler e com a filha dele, a Alicia.

Jake soube que não serviria de nada tentar defender-se e não estava disposto a suplicar. Já tinha tentado justificar-se perante a imprensa quando os jornalistas acamparam à frente da sua casa, mas só tinha conseguido que os jornalistas tergiversassem as suas palavras e o fizessem parecer cúmplice de Butler.

– Sou apenas o mensageiro – disse a pessoa do outro lado do telefone antes de desligar.

Por uns instantes Jake ficou a pensar em Mitchell Butler e na sua lindíssima filha, perguntando-se se ela teria participado no plano do seu pai.

Desligou sentindo que a sua dor de cabeça aumentava. Não queria pensar nela nem na noite que tinha passado nos seus braços. Nem sequer no facto de que desde então ela não tinha respondido a nenhuma das suas chamadas. Não podia culpá-la. No dia seguinte, ele e Hayes Daniels, o chefe do seu irmão gémeo, tinham entregado Mitchell à polícia federal. Alice devia ser tão culpada como o seu pai, por isso tinha de esquecê-la e evitar sentir alguma coisa por ela.

Contemplou em silêncio a maqueta de Nova Orleães que estava por baixo da janela e o estádio que até há apenas uns minutos tinha pensado em construir com a sua equipa, e sentiu um martelar constante nas fontes.

«Não penses na Alicia», disse para si mesmo.

Mitchell Butler tinha sido um homem rico e respeitado até há um mês e meio, mas nesse lapso de tempo, tinha-se arruinado e a fusão com a Claiborne Energy tinha sido cancelada. A sua filha tinha sido despedida do seu cargo de editora do jornal Louisiana Observer. Tinham desaparecido milhões da conta de Butler nas Ilhas Caimão e da associação Lares para as Vítimas do Furacão.

Mitchell estava arruinado e com ele, os investidores que tinham participado no projecto. Tinha-se transformado no homem mais odiado de Louisiana e no causador da ruína de muitas pessoas, incluindo Jake.

Jake apertou o punho e esteve tentado a destruir a maqueta, mas apoiando-se na secretária, respirou profundamente para recuperar o controlo sobre si mesmo. Tinha de dar a notícia aos seus empregados, e quanto antes o fizesse, melhor. Meteu as mãos nos bolsos e foi até ao escritório da sua secretária.

– Vanessa, convoca toda a gente na sala de reuniões para daqui a cinco minutos e não me passes nenhuma chamada.

Vanessa, que era vinte anos mais velha do que ele e que tinha sofrido uma traumática experiência matrimonial, continuou a teclar energicamente. Era uma trabalhadora e uma mulher excepcional, que tinha criado os seus três filhos sozinha.

Jake aproximou-se mais da sua secretária e sussurrou:

– Eu não tenho a culpa de que o teu ex-marido te enganasse e tivesse deixado aquela outra mulher grávida – quando Vanessa afastou o olhar do ecrã do computador e olhou para ele com a testa franzida, Jake acrescentou: – Só queria assegurar-me de que me tinhas ouvido.

– Reunião de todo o pessoal dentro de cinco minutos na sala de reuniões. Não posso passar-te chamadas – Vanessa virou a cadeira sobre as rodas e deu a instrução pelo interfone.

Dez minutos mais tarde, Jake tinha perante si sessenta dos seus empregados, e uma enorme dor de cabeça.

– Tenho más notícias – disse, ficando nervoso ao notar que os seus trabalhadores empalideciam. Odiava decepcionar os outros tanto como fracassar.

– Não conseguimos os fundos para construir o estádio. O Jones nem sequer vai pagar as últimas mudanças que introduzimos no projecto, por isso não tenho mais remédio que...

Ia anunciar que teria de falar com vários deles para rescindir o seu contrato quando Vanessa entrou e avançou em direcção a ele com gesto decidido e, sem dizer palavra, pôs-lhe um telefone na mão. Jake conhecia-a o suficiente para saber que não tinha sentido perguntar-lhe o que podia ser mais importante naquele momento do que dizer aos seus empregados que por culpa de Mitchell Butler teria de despedi-los.

– O alarme da tua casa disparou. O serviço de segurança diz que alguém partiu um vidro.

– E por que não telefonas à polícia?

Vanessa franziu as suas finas sobrancelhas.

– Isso foi o que eu fiz. O agente Thomas está ao telefone. Diz que a Alicia Butler está em tua casa, com uma mala e com o gato dela, e que exige ver-te.

– Para quê?

– Não sei.

Jake não compreendia nada. O que é que fazia Alicia em sua casa quando estava há semanas sem responder às suas chamadas? O seu pulso acelerou.

– Daqui Claiborne – disse ao telefone.

– Senhor Claiborne, sou o agente Thomas. Lamento incomodá-lo. A sua casa está rodeada de jornalistas e de pessoas a protestarem.

– Eu sei.

Estavam lá desde que se tinha publicado um artigo no jornal em que praticamente o acusavam de ser cúmplice de Butler na utilização indevida de fundos da associação Lares para as Vítimas do Furacão, a ONG que tinha criado e que, estupidamente, tinha deixado sob a direcção de Mitchell.

– Ao chegar a sua casa encontrei a senhora Alicia Butler com o seu gato, sentada no seu alpendre, senhor Clairborne – explicou o agente. – Pelos vistos, alguns dos prejudicados pelo pai dela seguiram-na, atiraram um tijolo contra a sua janela e depois fugiram. Agora a senhora Butler está no carro patrulha. Está muito alterada, e o gato não pára de miar.

Jake vivia numa casa alugada num bairro caro e a proprietária da sua casa, Jan Grant, que era sua vizinha, era uma mulher muito intriguista e severa, já se tinha queixado do acosso dos jornalistas. Portanto, Jake não queria imaginar o que pensaria pelo facto de a polícia ter tido de ir a sua casa por culpa de um intruso.

– Senhor agente, lamento imenso tudo isto. Dê-me uns minutos. Estava a fazer uma coisa importante.

Passou a mão pela testa enquanto pensava. Por um lado queria resolver o problema dos despedimentos quanto antes, por outro, pensava que tinha de haver uma razão importante para Alicia ter ido a sua casa.

A partir do momento em que Mitchell tinha ficado confinado a prisão domiciliária, ela tinha-se visto acossada pelo governo federal, pela imprensa e pelos investidores do seu pai. Tinha-a visto debilitada e muito magra nas fotografias publicadas nos jornais e na televisão.

Embora contrariado, lembrou-se de uma noite que não devia ter existido. Uma mulher de pele de seda arqueando-se debaixo do seu corpo, em perfeita sintonia com ele. A educada e formal Alicia Butler tinha-o enlouquecido. Jake desejou apagá-la da sua mente ao descobrir o que o seu pai tinha feito, mas não o tinha conseguido.

De facto, não deixava de pensar naquela noite e em como mal tinham tido tempo de se despirem e fazer amor ao entrar em sua casa.

Ao aperceber-se de que os seus empregados estavam à espera do que ele tinha para lhes dizer, Jake reagiu e afastou aquelas imagens da sua mente.

– Diz que leva uma mala e que está com o seu gato? – perguntou ao agente.

Isso significava que não tinha ido vê-lo impulsivamente.

– Acho que não se encontra lá muito bem.

– O que é que quer dizer? – perguntou Jake, inquietando-se.

– Fala muito baixinho e é difícil entendê-la. Jake lembrou-se daquela mesma voz sussurrando o seu nome enquanto faziam amor e estremeceu. Os rostos dos seus empregados tornaram-se turvos.

– Vou já para aí – disse. E depois de ouvir o agente agradecer-lhe em tom de alívio, desligou e passou o telefone a Vanessa.

– Não sabia que tinhas uma relação pessoal com a Alicia Butler – disse Vanessa em tom de acusação quando ficaram a sós no escritório de Jake.

Sem olhar para ela, ele tirou as chaves de uma gaveta e pôs um blusão por cima dos ombros.

– Porque não tenho – replicou, mal-humorado. A última coisa de que necessitava era que a sua secretária o submetesse a um interrogatório.

– Então, por que é que ela foi a tua casa?

– Terei de averiguar antes de te responder.

– Tudo isto só te pode prejudicar. Os Butler são uns ladrões.

– E achas que não sei? Já estamos a sofrer as consequências do que o Mitchell fez. Por que é que não vais resolver os problemas aqui enquanto eu vou tentar saber o que se passa?

– Tens razão. Este assunto deixa-me muito alterada.

Quando Jake chegou ao carro sentiu um nó no estômago ao pensar em toda a gente que teria de despedir por culpa de Alicia Butler e do seu pai, e amaldiçoou-os.

Quando Jake parou o carro à frente da sua casa, seis repórteres atravessaram a relva em direcção a ele e puseram-lhe os seus respectivos microfones à frente da cara quando abriu a porta. Jake viu de relance a cortina de Jan Grant entreaberta e conseguiu vislumbrar a sombra do seu corpo.

– Por que estava Alicia Butler à sua porta? – perguntou um dos jornalistas.

Em vez de se dar ao trabalho de responder, Jake fixou o olhar na figura magra que ocupava o assento traseiro do carro patrulha, e depois olhou para sua casa e viu a janela contígua à porta partida.

Sabia que devia odiar Alicia, mas dava-lhe pena o acosso que lhe tinha infligido a imprensa durante as semanas prévias. Desde que se tinha publicado o artigo sobre a sua decisão de nomear Mitchell Butler tesoureiro da associação Lares para as Vítimas do Furacão e sobre o desaparecimento dos fundos, sentia-se identificado com o que Alicia devia estar a sentir.

Um polícia, que devia de ser o agente Thomas, apontou em direcção ao carro patrulha.

– Está ali.

– Obrigado.

Jake evitou os jornalistas e, atravessando a relva ensopada, aproximou-se do carro.

– Alicia? – chamou-a ao mesmo tempo que batia na janela com os nós dos dedos.

Ela abriu-a uns centímetros e o olhar de Jake registou a sua pele nacarada, o rímel a sair debaixo dos seus olhos castanhos, o cabelo húmido colado ao pescoço. Apesar da sua palidez e de estar tão magra, achou-a tão atraente como na noite que tinham passado juntos.

Abriu a porta e agarrando-lhe na mão, que Alicia tinha congelada, ajudou-a a sair. Tinha um vestido branco de gaze que lhe ficava colado ao corpo. Quando Jake viu as gotas de humidade que tinha sobre os sensuais lábios lembrou-se vividamente do seu doce sabor.

– Obrigada por vires tão rapidamente – disse ela.

– Como é que vieste?

– De táxi.

– Foste muito imprudente deixando que te seguissem.

– Não pensei nisso. Lamento ter-te posto numa situação tão desagradável.

– Podias ter-me telefonado para combinarmos num lugar discreto.

– Desculpa, a sério. Isto é tão horrível para mim como para ti.

O agente tinha acertado em cheio ao dizer que ela parecia estar doente. Os seus olhos, que há umas semanas tinham brilhado cheios de paixão com cada um dos seus beijos, estavam apagados e só transmitiam tristeza.

O gato miou.

Jake olhou para o outro lado da relva e viu o agente Thomas a falar com os jornalistas. Egoistamente, o melhor que podia fazer era pedir-lhe que se ocupasse de Alicia, mas uma mistura de curiosidade e de empatia fez com que, em vez de chamar o agente, a agarrasse pela mão e a conduzisse em direcção ao caminho de acesso a sua casa. Depois voltou ao carro, agarrou na sua mala e na caixa de viagem do gato e acompanhou Alicia até à porta. Depois de a abrir pôs-se de lado para a deixar passar. Ela ficou paralisada, indecisa. As gotas de chuva caíam da sua saia ensopada.

– Caso ainda não tenhas reparado, estou a convidar-te para entrar – disse Jake.

– Eu sei – disse ela com voz rouca.

– As senhoras primeiro.

O brilho de um raio foi seguido do ribombar de um trovão, e este por sua vez deu lugar a uma dezena de flashes que se acenderam simultaneamente, iluminando os rostos de Jake e Alicia. Gus, o gato, lançou-se contra as paredes da sua caixa.

– O teu gato quer entrar em casa – disse Jake.

– Odeia as trovoadas.

– Pois. Olha, se tu quiseres conceder uma entrevista no alpendre, estás à vontade, mas cá eu e o Gus preferimos entrar e abrir uma lata de atum.

Jake pousou o gato e a mala no chão do seu moderno hall de entrada, cujo chão estava coberto de vidros, e apalpou a parede em busca do interruptor. Depois de pressioná-lo, virou-se, e viu que Alicia continuava no umbral da porta.

– A tua casa não é precisamente um território neutro – sussurrou ela.

– Eu sei.

Jake lembrava-se perfeitamente que tinham passado aquela mesma porta quase sem tempo de tirarem a roupa um ao outro, que nem sequer se tinha incomodado em acender a luz e que tinham feito amor ali mesmo, em cima do tapete que nesse momento tinha debaixo dos pés.

Outra série de flashes iluminou o rosto de Alicia, e quando Jake estendeu a mão para a puxar para si, entrou dando um salto e colou-se contra a parede, ofegante, como se quisesse evitar qualquer contacto com ele.

Ao ver os seus seios a moverem-se ao ritmo da sua agitada respiração e ver os mamilos que surgiam transparentes por baixo da sua roupa molhada, Jake lembrou-se do que tinha feito com eles naquela apaixonada noite, e apercebeu-se de que desde então tinha acordado todos os dias a desejá-la.

Fechou a porta bruscamente ao sentir-se irritado pela atitude temerosa dela e por deixar que a sua presença o afectasse daquela maneira. Quando ficaram ocultos aos olhos dos repórteres, Alicia começou a tremer.

– Estás gelada – disse ele com uma aspereza que pretendia ocultar a sua preocupação.

– Des-desculpa. É o... o... ar... con-condicionado – respirou fundo. – Estou a molhar-te o chão todo.

– Não te preocupes, é de pedra. Mas espera, vou desligar o ar condicionado e trazer-te umas toalhas.

Agradecendo ter a desculpa para se afastar dela para recuperar o controlo sobre si mesmo, Jake foi até ao termóstato, desceu-o e entrou na casa de banho dos convidados para ir buscar umas toalhas. Depois voltou para junto de Alicia, pôs-lhe sobre os ombros o seu blusão e deu-lhe as toalhas.

– Obrigada – disse ela, batendo os dentes ao mesmo tempo que secava o cabelo. – Lamento causar-te tantos incómodos.

– Não é incómodo nenhum – disse ele, afastando o olhar do seu rosto transfigurado. Como era possível que quisesse ajudá-la? Tinha pelo menos uma dúzia de motivos para a odiar, todos eles com nomes e apelidos: as pessoas da ONG que se tinham visto privadas dos seus lares, os empregados que teria de despedir... mas Alicia apresentava um aspecto tão frágil, que era incapaz de repreendê-la ou recriminá-la. A polícia federal e os jornalistas ocupar-se-iam disso.

Conteve o impulso de a abraçar para lhe dar calor, e quando falou, saiu-lhe um tom mais agressivo do que pretendia.

– Vais sentir-te melhor quando te tirarmos essa roupa molhada e te secares.

Alicia corou e Jake apercebeu-se de que as suas palavras podiam dar lugar a mal-entendidos.

– Quero dizer – rectificou – que podes ir à casa de banho que há no final do corredor. Suponho que te lembras de teres tomado banho lá – ao ver que Alicia voltava a corar praguejou por ter recuperado para ambos a lembrança de um banho conjunto. – Vou buscar mais toalhas e um roupão – concluiu, cerrando os lábios.

Voltou à casa de banho, mas ouviu os passos de Alicia seguindo-o, e quando entrou na casa de banho atrás dele, teve a sensação de que o espaço se reduzia. Olhando-a nos olhos, lembrou-se das suas gargalhadas enquanto tomavam banho depois de terem feito amor, que lhe tinha secado o cabelo e que, quando se tinham deitado, a tinha mantido abraçada a ele toda a noite.

Com a desculpa de ir buscar mais toalhas, saiu da casa de banho. Sabia que, se não quisesse enlouquecer, devia averiguar o que é que ela queria e fazer com que se fosse embora de sua casa. Mas tinha a certeza de que não actuaria com tanto bom senso.

Alicia tinha-o fascinado desde o instante em que a tinha visto com um vestido dourado entrando pelo braço do seu irmão aquando do octogésimo aniversário do seu pai. Quando Cici lhe tinha pedido que cuidasse dela enquanto dançava com Logan, tinha acedido instantemente. Depois, Logan e Cici tinham desaparecido e ele tinha-se oferecido para levar Alicia a sua casa.

Na manhã seguinte depois de terem feito amor, o chefe de Logan, Hayes Daniels, tinha-lhe apresentado as provas irrefutáveis de que o seu pai era um criminoso. Quando Jake e o seu contabilista reviram as contas da associação Lares para as Vítimas do Furacão comprovaram a existência de umas irregularidades alarmantes e Jake tinha acompanhado Hayes a entregar Mitchell aos agentes federais.

Visto que o seu pai era um delinquente, e além disso, um delinquente que ele mesmo tinha denunciado à polícia, tinha de livrar-se de Alicia. Mas ela parecia tão perdida...

Mesmo depois de descobrir que o seu pai tinha enganado a ONG, Alicia tinha continuado a obcecá-lo. Tinha-lhe telefonado inúmeras vezes, mas ela nunca tinha respondido. Com toda a certeza, odiava-o pelo que ele tinha feito ao seu pai.

Como era possível que continuasse a considerá-lo atraente?

Não conseguia evitá-lo. Desde o instante em que os seus lábios se tinham roçado e ela lhe tinha acariciado timidamente o peito através da camisa, Jake tinha-se sentido excitado como nunca tinha estado.

Que um beijo pudesse proporcionar-lhe tanto prazer devia ter-lhe servido de advertência.

E mesmo que a desejasse tanto como naquela primeira noite, devia pô-la fora de sua casa antes de cometer uma estupidez.